Sedese suspende realização de feiras regionais e estadual de Economia Popular Solidária para evitar a disseminação do Coronavírus no Estado

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            A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) suspendeu a realização de 15 Feiras Regionais de Economia Popular Solidária, que seriam realizadas ao longo de 2020, bem como a Feira Estadual de Economia Popular Solidária, prevista para acontecer em julho deste ano. A medida, adotada pela Subsecretaria de Trabalho e Emprego,  busca evitar a disseminação do coronavírus no Estado.

No entanto, neste período de restrição social, a Sedese já está traçando estratégias para que os impactos sejam mitigados nesse segmento, buscando alternativas para a produção e comercialização. Além disso, fez parcerias para a oferta de cursos de qualificação profissional, voltados principalmente para a população mais vulnerabilizada, o que permite aos trabalhadores, durante esse cenário de isolamento social, se prepararem mais  para a inserção ou reinserção no mercado de trabalho. Acesse algumas opções de cursos gratuitos.

            No ano passado, a Sedese firmou uma parceria com a Associação Aprender Produzir Juntos (APJ), com sede em Teófilo Otoni, com o objetivo de assegurar o planejamento e a execução das feiras de Economia Popular Solidária (EPS) no Estado.

            No entanto, com o agravamento da Covid-19 em todo o país, o governo de Minas publicou, no dia 15 deste mês, o Decreto 47.886, que estabelece, entre outras medidas, a suspensão por 30 dias de eventos oficiais que tenham a aglomeração de mais de 100 pessoas.

            Diante da situação de emergência em saúde pública do Estado e do atual cenário, onde praticamente é impossível prever quando a situação irá se normalizar, a Sedese ressalta que a medida  poderá ser revogada a qualquer momento caso a situação se normalize e que os órgãos competentes emitam pareceres em relação à liberação dos espaços públicos para execução de eventos com aglomeração de pessoas.

            A Sedese ressalta a importância da realização desses eventos, como forma de divulgar e valorizar uma nova maneira de produzir, consumir e vender, mas enfatiza que, neste momento, a prioridade é o bem-estar e a saúde da população.

Feiras de EPS

Esses espaços servem de estímulo a pequenos produtores, que conseguem ampliar ou garantir trabalho e renda com a exposição e comercialização de produtos das redes da economia solidária como alimentos, confecção, produtos da agricultura familiar, além de itens de higiene e cosméticos.

Em 2018, a própria Associação Aprender Produzir Juntos, em parceria com a Sedese e Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), realizou 12 feiras regionais e uma feira estadual em Belo Horizonte. Dando continuidade às ações voltadas para a EPS, em 2019 foram realizadas 12 edições da Feira de Economia Popular Solidária nos túneis no subsolo da Cidade Administrativa.

O apoio aos empreendimentos econômicos solidários faz parte das competências, diretrizes e prioridades da Sedese. A linha de ação prevê a estruturação e ampliação desses negócios, além de outras ações de geração de renda e apoio aos empreendedores, como forma de possibilitar condições de produção e comercialização adequadas e sustentáveis.

Além disso, busca garantir a autossuficiência dos empreendedores envolvidos, contribuindo para a superação da pobreza e consolidação de uma forma de produção coletiva e participativa.

A Economia Solidária tem crescido a cada ano no Brasil e, atualmente, Minas Gerais conta com 2.737 empreendimentos cadastrados. É um jeito diferente de consumir, produzir, vender, comprar e trocar. Dessa forma, a EPS compreende um conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizados sob a forma de autogestão onde a centralidade da ação está no ser humano e em suas relações sociais e com o meio onde vive.