Mostra de Projetos marca conclusão do Minas Programando na Regional de Montes Claros

Avaliação do Usuário

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 

A conclusão do Programando com Arduíno, curso do Minas Programando, foi marcada por uma Mostra de Projetos em que as alunas foram desafiadas a colocar em prática os conhecimentos adquiridos. Na live de encerramento, realizada em 22 de novembro, elas tiveram que apresentar soluções de automatização para uma horta comunitária de uma escola estadual utilizando a linguagem de programação aprendida.
Camila Amaral, coordenadora do Minas Programando e assessora técnica da Diretoria de Articulação e Planejamento da Educação Profissional, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), destaca que a iniciativa promoveu a qualificação por meio de metodologias ativas de aprendizado, estimulando a criação de ideias de negócios de base tecnológica, digitais e escaláveis.

A equipe Irrigotech obteve o primeiro lugar com o sistema de automatização de irrigação que identifica a necessidade de umedecer a terra e aciona o gotejamento de água reaproveitada da chuva ou descartada do lavatório e bebedouros da escola. O segundo lugar ficou com a equipe H Team, que criou um sistema em Arduíno para monitoramento automatizado da irrigação e adubagem do solo.

As alunas da proposta vencedora serão certificadas como Destaque Empreendedor do Minas Programando. Os projetos deverão ser implementados em uma escola estadual de Montes Claros, em parceria com a Fundação de Desenvolvimento Científico, Tecnológico e Inovação do Norte de Minas (Fundetec).

A exibição dos projetos pode ser acompanhada no canal da Sedese no Youtube.

Inovação e diversidade na aproximação com empresas

O Minas Programando é uma iniciativa da Sedese com o objetivo de promover a inclusão digital e produtiva por meio de cursos de qualificação profissional na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), destinados a pessoas em situação de vulnerabilidade no estado. Também visa aproximar os participantes dos empregadores. O público-alvo prioritário são mulheres, uma vez que dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) mostram que elas são minoria nesse universo.

Desta forma, cem mulheres iniciaram o projeto piloto, que se encerrou no dia 22 de novembro, e contemplou a regional da Sedese de Montes Claros. A oferta foi viabilizada por meio de parceria com a empresa Vollee Serviços Educacionais, de Montes Claros, e com instituições como o Sebrae Delas, a Rede Cidadã e a MHARK – Consultoria e Treinamentos.

Durante a formação, as alunas passaram pelo desenvolvimento de competências socioemocionais, webinários sobre o mercado de trabalho, empreendedorismo feminino, organização do tempo, plataforma Linkedin, dentre outros. Das cem alunas iniciais, cinquenta foram classificadas para a qualificação profissional em curso de curta duração em Arduíno (uma plataforma de prototipagem, de código aberto, que possibilita o desenvolvimento diversos projetos robóticos).

Camila Amaral explica que a proposta é envolver o setor produtivo para direcionamento dos participantes às vagas de emprego e mostrar como a inclusão de gênero e de outras diversidades pode enriquecer a cultura da empresa. “A mostra de projetos no encerramento da edição piloto teve o propósito de evidenciar para as empresas como as alunas podem contribuir de forma inovadora para os negócios”, acentuou.

Compuseram a banca de avaliação dos trabalhos finais o gerente da Regional Norte do Sebrae-MG, Jadilson Ferreira Borges, a professora do programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Econômico e Estratégia Empresarial da Unimontes, Sara Gonçalves Antunes de Souza, e o engenheiro de sistemas e membro do Ecossistema de Inovação do Norte de Minas, Gabriel Durães.

Preparação para um mercado com déficit de mão de obra

Dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) indicam que, até 2024, o Brasil poderá ter um déficit de 270 mil profissionais na área. Paralelamente, os dados mostram que menos de 40% dos profissionais de TIC são mulheres, sendo que as mulheres negras representam uma participação ainda menor nesse mercado.

O Minas Programando supre duas demandas: prepara mão de obra para um mercado que oferece vagas ao mesmo tempo que promove a inserção dos mais vulneráveis no mercado via educação.

A meta é qualificar até duas mil pessoas até o final de 2022. Outras 54 turmas, com cursos em diversas áreas, encontram-se com inscrições abertas. Para mais informações sobre o programa acesse: http://social.mg.gov.br/trabalho-e-emprego/educacao-profissional/minas-programando