Outubro Rosa: consumo de álcool aumenta incidência do câncer de mama
Com a campanha Outubro Rosa de prevenção ao câncer de mama entre as mulheres durante todo o mês, um fator de alerta deve ser levado em consideração para se evitar a doença: o consumo excessivo de álcool. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o alcoolismo atinge mais de 12% da população brasileira. No país, o consumo de bebidas alcóolicas supera a média mundial e apresenta taxas superiores a mais de 140 países. Segundo especialistas, o alcoolismo atinge mulheres de forma especial e merece maior atenção.
Para se evitar esse mal, hábitos saudáveis são fundamentais. Por isso, praticar atividade física, adotar uma alimentação equilibrada e evitar o consumo de álcool em excesso são imprescindíveis para a saúde. Desta forma, anualmente o Ministério da Saúde reforça medidas que podem ajudar a prevenir ou eliminar a doença o quanto antes. A recomendação é que as mulheres façam a mamografia anualmente, a partir dos 50 anos. Já as sociedades brasileiras de Cancerologia e Mastologia recomendam a mamografia anual, a partir dos 40 anos.
A prevenção se mostra fundamental, conforme dados do governo federal. Um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início. Detectá-los precocemente traz melhores resultados no tratamento e ajuda a reduzir a mortalidade.
A doença
O câncer de mama é uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Esse é o tipo da doença que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram registrados em 2020 em todo o mundo, o que representa algo em torno de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta, com as maiores nos países desenvolvidos. No Brasil foram estimados 66.280 casos novos em 2021, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.